Menos fumos, mais calor.
Nas últimas décadas, devido a preocupações de saúde pública, foram implementadas medidas para reduzir:
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Emissões de partículas provenientes de motores, indústrias e centrais térmicas
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Libertação de compostos de enxofre e outros sais
Estas ações são fundamentais para melhorar a qualidade do ar e reduzir:
✅ Doenças respiratórias e cardiovasculares
✅ Mortalidade associada à poluição atmosférica
⚠️ O Paradoxo: Menos Poluição, Mais Aquecimento
Paradoxalmente, estas partículas e fumos refletem parte da radiação solar (efeito conhecido por forçamento radiativo negativo).
Ao reduzir essas partículas:
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Deixamos de ter esse efeito de bloqueio parcial da radiação solar
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O efeito dos gases com efeito de estufa (GEE), como o dióxido de carbono (CO₂) e o metano (CH₄), torna-se mais evidente e eficiente, aumentando a taxa de aquecimento global
🌡️ CO₂ em Níveis Históricos
Desde o início da era industrial, a concentração de CO₂ atmosférico aumentou cerca de 50% face aos níveis naturais do Quaternário (época geológica dos últimos 2,6 milhões de anos).
📌 Atualmente, ultrapassamos 425 ppm, quando os níveis naturais pré-industriais oscilavam entre 180 e 280 ppm.
Este aumento é o principal responsável pelo desequilíbrio energético da Terra.
🌞 Aquecimento Mais Notório no Hemisfério Norte
Este fenómeno é especialmente acentuado no Hemisfério Norte devido a:
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Maior presença de terras emersa e atividade industrial
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Redução de partículas poluentes e de cobertura de nuvens em certas regiões
Resultado: maior aquecimento e mais energia disponível para alimentar fenómenos meteorológicos extremos.
🔋 Caminho Inevitável: Energia Sem Queima de Fósseis
Para mitigar o aquecimento global e travar a subida das temperaturas médias globais, é fundamental:
✅ Substituir combustíveis fósseis por fontes renováveis (solar, eólica, hídrica, geotérmica)
✅ Reduzir drasticamente as emissões de CO₂ e metano
✅ Promover tecnologias de captura e armazenamento de carbono (CCS) e soluções naturais, como a reflorestação