O furacão que alimentou o fogo
Entre os dias 14 e 16 de outubro de 2017, o furacão Ophelia posicionou-se a oeste da Península Ibérica. Ao mesmo tempo tinhamos um anticiclone no Mediterrâneo.
👉 Este cenário forçou ventos muito fortes do quadrante sul, que transportaram ar anormalmente quente e seco para Portugal Continental.
🔥 Condições Perfeitas para Incêndios Catastróficos
A conjugação de:
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Temperaturas muito elevadas
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Humidade relativa extremamente baixa
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Ventos fortes com rajadas superiores a 80 km/h
criou o ambiente ideal para a rápida propagação de incêndios florestais, impulsionando as chamas através de material combustível seco e abundante. Este evento foi catastrófico e afetou o país já fragilizado pela tragédia de Pedrógão Grande em junho do mesmo ano.
📈 O Que Aconteceu?
Durante este episódio:
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Os fogos cresceram de forma descontrolada no Norte e Centro de Portugal Continental e também na Galiza
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As rajadas violentas alimentaram os incêndios, espalhando fagulhas e impulsionando as chamas a alta velocidade
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A situação só começou a melhorar com a chegada de uma massa de ar mais húmida associada a uma frente fria, que trouxe precipitação fraca mas suficiente para reduzir ligeiramente o potencial de propagação
📌 Causas e Consequências
As causas exatas das ignições continuam, em muitos casos, por apurar, mas o fator determinante foi, sem dúvida, a combinação entre condições meteorológicas excepcionais e a falta de preparação adequada para enfrentar fenómenos desta intensidade.
➡️ O episódio de outubro de 2017 ficou na história como um dos piores momentos de incêndios florestais registados em Portugal.
🌍 Será Isto Um Prenúncio ?
A resposta não é linear, mas:
✔️ A tendência observada aponta para a maior frequência e intensidade de eventos meteorológicos extremos, como resultado das alterações climáticas globais.
✔️ Estes fenómenos poderão interagir com mudanças noutros fatores biofísicos e geográficos, amplificando os seus efeitos.
👉 Embora não seja possível prever com exatidão a frequência ou gravidade de eventos futuros, tudo indica que será necessário preparar as populações e adaptar os sistemas de proteção civil para responder a cenários mais exigentes.